Essa semana, o lançamento do vídeo com o novo sistema de modelagem do Blender, me fez lembrar sobre como é importante escolher e construir um modelo, usando uma organização e sistema de arestas bem planejado. Esse sistema de arestas é chamado de edge-loop, sendo ele fundamental para qualquer tipo de modelagem, seja ela orgânica ou geométrica. Na modelagem orgânica a organização dessas arestas, pode ser determinante na hora de animar um personagem. Já na modelagem geométrica, uma estrutura de arestas montada de maneira errada, pode inviabilizar edições e alterações no modelo, acarretando no velho e temido retrabalho.
Estava refletindo sobre o assunto, quando lembrei que o leitor Ricardo, havia me indicado um ótimo tutorial sobre edge-loops, que prontamente li e gostei muito. Quer ver como esse tutorial é bom mesmo? Ele é em português! Eu havia até começado a escrever um artigo sobre ele, mas os assuntos foram chegando, passando e o texto acabou ficando meio que esquecido. Com o aparecimento do novo vídeo sobre o B-Mesh, acabei me lembrando dessa ótima dica do Ricardo.
Como o tutorial é em português, não vou fazer nenhum tipo de resumo ou descrição do mesmo. O que posso adiantar é que o texto é muito bom, com dicas sobre como organizar os edge-loops e inclusive, explicando a classificação dos loops em loops simples, loops em X e loops em U. Outro ponto interessante no texto é a origem da palavra edge-loop. O tutorial não foca em nenhuma ferramenta específica, então se você usa Blender, 3ds Max, Maya, Cinema 4D ou outra ferramenta qualquer, poderá aproveitar o texto.
Se você é interessado por modelagem, o texto é imperdível!
A maioria das pessoas que aprendem a modelar em 3D acaba usando os edge-loops sem ter muita base, o negócio funciona na base da tentativa e erro. Vejo muito isso nas aulas, as pessoas acabam fazendo vários testes, usando diferentes topologias para construir um mesmo modelo, até que a organização necessária seja alcançada.
Isso é comentado no tutorial, da seguinte forma; A primeira modelagem é mental. Essa é a parte de planejamento que muitos artistas acabam ignorando, por puro descuido. Quanto tempo será que poderíamos economizar com um planejamento prévio da modelagem? Um simples esboço no papel mesmo.
Uma técnica que pode evitar o retrabalho, caso você queira arriscar fazer a modelagem sem planejamento é criar versões dos arquivos. Sempre que você terminar uma parte importante do modelo, salve o arquivo com um nome diferente, adicionando o sufixo “versao_XX” ao nome dele, substituindo o XX por um número em seqüência. Assim teríamos o “personagem_versao_01”, “personagem_versao_02” e assim por diante.
Se o modelo apresentar algum problema em alguma versão, que impossibilite a edição é só voltar uma versão e tentar continuar.
Agora é só colocar em prática!
Nota: Agradeço ao leitor Ricardo pela sugestão do artigo.