Existem algumas tecnologias e tendências que devem dominar os meios eletrônicos nos próximos anos. No que se refere a quem trabalha com computação gráfica, ou pretende entrar nessa área, as interfaces com o usuário devem sofrer modificações com o barateamento de algumas tecnologias. Uma dessas tecnologias são as interfaces multi-touch, que permitem que uma pessoa interaja com o computador, usando os toques dos dedos no monitor. Isso já é usado de maneira experimental em alguns dispositivos portáteis, como o Iphone.
Quem quiser escapar do mouse e teclado para modelar, pode optar por uma mesa digitalizadora, também conhecida como tablet. Mas esse é um tipo de hardware específico e nem todo artista está interessado em adquirir uma mesa dessas. Mas, e se a interface sensível ao toque já fosse associada com a tela do monitor? Será que você arriscaria modelar nela?
Se você quiser saber como seria, veja esse vídeo produzido pela Autodesk, em que um artista usa uma tela dessas para esculpir no MudBox.
Veja que a interação com a tela continua sendo com as duas mãos, mas agora na tela. Hoje as coisas já funcionam assim, mas usamos uma mão no teclado e outra no mouse.
Já existem algumas mesas digitalizadoras da Wacom que funcionam como monitor, mas elas usam uma caneta especial ainda para interagir com o artista. Além disso, elas não são multi-touch aceitando apenas um toque de cada vez para interagir com interfaces.
Uma coisa é certa, com o advento desse tipo de interface, a maioria dos artistas 3d mais experientes terá que se adaptar a uma nova maneira de trabalhar, o mouse não será mais a única maneira de interagir com ferramentas como o Blender 3D, 3ds Max, Maya e outros.
Fora esses novos dispositivos, a única mudança ou tendência para o futuro de quem trabalha com computação gráfica, é a aplicação direta do seu trabalho em ambientes com animação interativa. Seja em qualquer nível de complexidade, você terá que produzir algum tipo de jogo.
Claro que o hardware continua avançando, ainda vai chegar um dia em que poderemos modelar em monitores com resolução Full HD de baixo custo, usar processadores com 16 núcleos e outros “pequenos” upgrades.