Entre os diversos projetos que estão sendo desenvolvidos para o Blender 2.50 no Google Summer of Code 2009, um deles tem como objetivo melhorar o sistema de Raytracing do Blender, para tornar o processo de renderização mais rápido e eficiente. Esse é um dos projetos que tem grandes chances de ser concretizado, pois o responsável por ele é o mesmo que desenvolveu o modificador ShrinkWrap, também para o SoC em 2008. O simples fato de existir um projeto aprovado não é garantia de conclusão, como é o caso da integração entre o Blender 3D e o Freestyle para gerar imagens usando NPR. O projeto ainda está em desenvolvimento, mas em ritmo bem mais lento que no período em que o SoC 2008 estava acontecendo.
A evolução no sistema de melhorias do Raytracing está tão adiantada que já é possível inclusive fazer testes com versões experimentais do Blender 3D. Como não faz sentido algum desenvolver o projeto usando o núcleo do Blender 2.49, o material está usando o que existe do 2.50. Para mostrar a evolução e rapidez do novo sistema, fiz o download da versão experimental do Blender 3D e gravei uma pequena demonstração:
Blender 3D – Melhorias no Raytracing para o 2.50 from Allan Brito on Vimeo.
Para testar o render, a cena usada foi extremamente simples e tinha como objetivo apenas fazer a comparação entre o tempo de render no Blender 2.49 e no 2.50. Como o objetivo é avaliar a velocidade do render, acionei o Ambient Occlusion no Blender e acionei a renderização. No Blender 2.49 o tempo total de render foi de 25 segundos aproximadamente.
Quando mudei para o Blender 2.50, foi necessário abrir a cena que havia sido criada no Blender 2.49. Como você vai perceber, se decidir usar essa versão de testes do 2.50, ainda não é possível modelar no Blender 2.50 mas, essa limitação pode ser vencida abrindo os modelos 3d criados em outras versões do Blender. Só devo alertar que é muito perigoso abrir modelos 3d importantes nessa versão, pois existe um risco muito grande de alterar os dados do arquivo, fazendo com que o modelo fique incompatível com versões estáveis do software. Portanto, só use modelos que tenham cópias de segurança.
Já no Blender 2.50 foram usadas as mesmas configurações e ajustes de render, e para a surpresa do teste foi que a mesma cena foi gerada em menos de 10 segundos. Se considerarmos que essa é uma versão de testes, sem nenhum tipo de otimização ou ajuste para o render e com o software ainda inacabado, podemos concluir que as melhorias no Raytracing estão no caminho certo!
A versão do Blender 2.50 que usei para o tutorial pode ser copiada nesse endereço, apenas com opção para Windows.