Já faz quase uma semana que estou avaliando a versão completa do renderizador Indigo, que até pouco tempo atrás era um software distribuído de maneira totalmente gratuita e passou a ser comercializado. A versão completa do Indigo apresenta a vantagem de permitir usar resoluções maiores que 0.7 megapixels e os renders não apresentam nenhum tipo de marca d`água. Como o Indigo é um dos únicos renderizadores comerciais a oferecer suporte oficial ao Blender 3D, essa licença será extremamente útil para desenvolver artigos e materiais que comparem de maneira mais eficiente o rendimento e opções do Indigo com o YafaRay e LuxRender.
Até agora a minha avaliação foi feita com base na quantidade de recursos disponíveis no renderizador, e também a velocidade com que as imagens são geradas. Esse é um ponto crítico em todos os softwares que trabalham com refinamento progressivo como o Indigo. Muitos usuários reclamam e ficam surpresos com a demora em algumas imagens, para que o resultado final seja exibido sem nenhum tipo de defeito. No caso do Indigo, a velocidade na renderização é um dos pontos que mais me chamam a atenção ao comparar com o LuxRender.
Para mostrar o potencial do renderizador resolvi “desenterrar” um antigo projeto que nunca foi concluído e começar a trabalhar na renderização dele. É uma cozinha industrial que comecei a modelar logo depois que aprendi a usar o Blender 3D. Na verdade, era mais um exercício de modelagem 3d que nunca foi concluído, como você pode perceber pela imagem abaixo.
Ainda falta adicionar objetos e algumas prateleiras para finalizar o modelo 3d. Como a iluminação desse ambiente é muito difícil de realizar, pois a luz do sol entra pelas aberturas na parte posterior e não há nenhuma luz artificial. Na maior parte do render a iluminação basicamente é indireta. Isso requer muito trabalho do software para gerar a dispersão da luz.
Depois de adicionar apenas o ponto de luz representando a luz do sol e configurar as opções do ambiente, adicionando uma Skylight, esse foi o resultado após uma hora de renderização na resolução 1600 x 1600.
A imagem ficou razoavelmente boa para um teste de render, e pode ficar muito melhor usando texturas e adicionando outros elementos, como objetos no cenário.
O que realmente impressiona nesse exemplo é a velocidade com que a imagem foi ficando limpa e sem o granulado característico dos renderizadores que usam métodos do tipo Unbiased.
O script que exporta as cenas do Blender 3D para o Indigo Renderer está sendo reformulado e deve ser melhorado em breve, como já foi anunciado no blog do Indigo. Esse é o ponto fraco do renderizador, em minha opinião. Os recursos e flexibilidade do LuxBlend são bem melhores que o Blendigo e nisso não há o que comparar. Por exemplo, no Blendigo não podemos sequer visualizar um preview de materiais.
Outro software que pode se beneficiar em muito com o Indigo é o SketchUp, que carece de opções de menor custo e qualidade para renderização. Muitos acabam recorrendo ao V-Ray para esse tipo de trabalho, mas a licença do software acaba sendo um impeditivo.
Aguardem por mais artigos sobre o Indigo Renderer para as próximas semanas. Claro que não deixarei de lado o material sobre YafaRay e LuxRender. Se você está costumado com os artigos aqui no blog, deve saber que me interesso por todos os softwares e renderizadores, independente da plataforma ou sistema.
Se você quiser testar o Indigo Renderer, pode fazer o download de uma versão de testes que funciona por tempo ilimitado, apenas com a restrição no tamanho máximo da imagem e a presença de uma marca d`água na imagem.