A criação de animações que reproduzem efeitos atmosféricos é sempre um desafio para animadores e artistas 3d, devido a enorme quantidade de informação e caos que esse tipo de dinâmica acaba gerando. Um exemplo bem simples disso são as animações de tornados ou outros desses eventos. Para conseguir trabalhar e simular bem esse tipo de efeito é necessário misturar diversas ferramentas de simulação física como partículas, rigid bodies e outras. Caso você nunca tenha visto uma dessas animações e a estrutura que funciona por trás desse tipo de produção, encontrei um vídeo que apesar de ser curto, mostra bem como é complicado criar esse tipo de vídeo.
O vídeo mostra a destruição de uma pequena casa por um tornado, fazendo com que uma grande quantidade de escombros e objetos se desprenda da estrutura principal da edificação, e seja arremessado para bem longe da casa.
Os primeiros segundos mostram a animação em si, depois temos um rápido making of da animação.
Tornado in Thailand (Breakdown) from Ping on Vimeo.
Todo o material dessa animação foi produzido usando o Maya, aproveitando a integração que ele disponibiliza na sua área de dinâmica.
O primeiro passo para conseguir reproduzir esse tipo de animação é a reprodução completa de toda a edificação, usando polígonos ou outro tipo de elemento que possibilite ao artista fragmentar toda a estrutura usada no objeto real. A fragmentação desse tipo de modelo é o ponto chave para o realismo na destruição, pois caso os pedaços não sejam separados de maneira convincente, a animação como um todo fica comprometida. Apesar do Maya possuir ferramentas para fragmentar objetos, o autor do vídeo usou uma mistura de opções nativas e scripts em MEL, segundo a própria descrição do vídeo.
Depois o processo envolve a criação do sistema de partículas que simula uma pequena revolução que gera o efeito do tornado.
Em ferramentas como o 3dsmax e Blender, temos opções especializadas para realizar a esse tipo de animação com fragmentação. Mas, mesmo assim a composição desse tipo de animação ainda é muito difícil, sem o uso de ferramentas próprias para dinâmica avançada de partículas como o Real Flow. O mérito nesse caso é todo do artista 3d que conseguiu resolver muito bem a animação.