Algumas semanas atrás publiquei uma notícia relacionada a venda do SketchUp por parte do Google para a Trimbre. O anúncio pegou várias pessoas de surpresa, e deixou no ar várias dúvidas sobre o futuro do SketchUp e se a Timbre iria seguir a mesma política do Google, mantendo a versão gratuita acessível para a maioria dos usuários, e deixando apenas os recursos mais avançados (úteis) para a versão Pro que é paga. Enquanto a isso, a equipe do SketchUp deixou bem claro que a intenção é permanecer com a mesma política.
Mas, qual o real motivo para que o Google queira se “livrar” do SketchUp? A ferramenta em si nunca deve ter sido encarada como prioridade dentro das divisões de engenharia do Google, pois a sua utilidade era a de alimentar o Google Earth com modelos 3d como forma de viabilizar os recursos e ambiente da plataforma de mapas do Google. O seu foco nunca foi, pelo menos aparentemente, o mercado de visualização para arquitetura ou mesmo o envolvimento com desenvolvimento de projetos. Isso foi herdado do SketchUp quando o mesmo foi comprado pelo Google.
Mas, por que o Google não precisa mais do SketchUp? Na semana passada, durante o evento que mostrou as novidades da divisão de mapas do Google, pudemos conhecer uma amostra da tecnologia que deixou o SketchUp obsoleto para o Google. Nessa palestra a equipe apresentou uma tecnologia que utiliza imagens em diferentes ângulos, tiradas por fotos aéreas para gerar imagens 3d. Sim, a tecnologia é muito interessante do ponto de vista da geração desses mapas em 3d, mas rebaixou a utilidade do SketchUp dentro do ecossistema para o qual ele havia sido selecionado.
Isso pode ser encarado como algo negativo para a comunidade de usuários do SketchUp, mas acredito que é exatamente o oposto. A Timbre é especializada em softwares na área de construção civil e BIM, o que deve direcionar o foco no desenvolvimento do SketchUp para esse mercado, e angariar avanços concretos na direção de melhorias para arquitetos, engenheiros, designer e todos que utilizam a ferramenta para gerar modelos 3d.
Agradeço ao leitor Paulo Dom, pela dica para o link do artigo da WorldCAD Access sobre esse assunto.