Entre os assuntos mais discutidos aqui no blog nesses últimos 5 anos estão os temas relacionados ao mercado profissional de computação gráfica. Um dos textos mais comentados é o que aborda o assunto da formulação de preços no mercado de computação gráfica. Será que você sabe como estipular um preço pelo seu trabalho? O tema é complexo, sendo inclusive tema de oficinas em cursos com foco no empreendedorismo. Toda a semana recebo pelo menos duas ou três mensagens de pessoas pedindo dicas sobre o assunto. Portanto, acho que é interessante voltar a falar sobre o tema, pois desde a última vez em que abordei o assunto existem diversos novos leitores aqui no blog.
Como você cobra pelo seu trabalho em computação gráfica?
Existem diversas maneiras de cobrar por projetos, inclusive levando em consideração a diversidade de tipos de projeto. Por exemplo, você pode ser contratado para realizar a visualização e apresentação de produtos, assim como também pode simplesmente animar uma cena previamente pronta.
As principais formas de estipular um preço pelo seu projeto são:
- Hora de trabalho técnica: Aqui você deve fazer uma conta simples, determinando um valor pela sua hora de trabalho, e depois multiplicando esse valor pela quantidade de horas necessárias para executar a tarefa desejada. O ponto negativo desse formato é que você deve ter uma boa noção sobre o tempo necessário para realizar o projeto, caso contrário existe o risco de dimensionar as horas para menos, e acabar levando tendo que fazer trabalhos extras. Nessa situação o cliente não paga extra, pois a previsão foi feita de maneira equivocada. Por exemplo, se a sua hora de trabalho for de R$ 50,00 e o projeto para o qual você está fazendo o orçamento necessitar de 30 horas de trabalho, o valor será de 50 * 30 = R$ 1.500,00. O ponto positivo desse método é que o cliente pode entender muito bem como foi orçado o projeto, pois a fórmula é de fácil compreensão.
- Preço fechado: A formulação do preço de um projeto com base na sua dimensão é algo difícil de fazer, principalmente para pessoas com menos experiência. Mas, alguns profissionais com mais experiência podem apenas analisando o conteúdo do projeto, estipular o seu valor. É ao mesmo tempo rápido e arriscado, pois o profissional precisa ter o conhecimento necessário, inclusive para prever possíveis problemas e dificuldades ao longo da execução do projeto e prever isso no orçamento. Outro problema, é que o cliente dificilmente entende os critérios usados para a formulação do preço.
- Tabela de preços: O último método usado para formular preços é o da tabela. Nesse tipo de situação o profissional ou empresa, estipula preços fixos para determinados projetos. Por exemplo, uma animação pode ser cobrada por segundo ou as pessoas que produzem visualização para arquitetura cobram por imagem renderizada. É uma maneira de orçar projetos rápidos, mas pode trazer complicações dependendo da complexidade do projeto. Por exemplo, alguns tipos de animação são rápidos de produzir e outros demandam muito tempo de trabalho e edição. Então, podem existir variações grandes entre demandas de trabalho para o mesmo projeto. Uma renderização de pequenas residências habitacionais é muito mais simples de produzir, que um edifício comercial com dezenas de pavimentos.
Agora, independente da maneira usada para estipular o preço de um projeto, você deve ter me mente que o seu cliente irá questionar sobre a formulação do preço. Se você não conseguir defender o seu orçamento, esteja preparado para fazer reduções significativas no valor, pois as pessoas mais experientes acabam percebendo que você não tem muita certeza do valor, e acabam tentando barganhar cortes.
E você? Qual método utiliza para orçar seus projetos? Caso tenha alguma sugestão para adicionar na lista, utilize os comentários desse artigo para contribuir com o artigo.